segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

NO PAÍS DE TIRADENTES - NOSSO MAIS CÉLEBRE CIRURGIÃO BARBEIRO

Martírio de Tiradentes, óleo sobre tela de Francisco
Aurélio de Figueiredo e Melo (1854/1916)
Nas últimas décadas do século XVIII, Joaquim José da Silva Xavier (1746­1792), órfão aos onze anos, praticou a odontologia que aprendera com seu padrinho, Sebastião Ferreira Leitão.

Nesta época os cuidados com os dentes dos brasileiros eram bastante precários, consistia em arrancar dentes com alavancas, boticões rudimentares e as famosas chaves de garengeot. Assim como na Europa medieval, quem dava conta do recado por aqui eram os cirurgiões-barbeiros.

Tiradentes, cognome de Joaquim José da Silva Xavier, foi o único participante da frustrada inconfidência mineira, a ser executado na forca em 21/04/1792. Por ser um "homem do povo", ao contrário dos demais, de famílias tradicionais e poetas, foi o "bode expiatório" servindo como "exemplo" para outros movimentos nacionalistas.

Apesar de ter ficado mais famoso por sua atuação política que por sua habilidade com a boca alheia, ele era considerado um bom cirurgião barbeiro.

Tiradentes também fazia barba, cabelo e bigode – na cela em que ele esteve antes de ser enforcado, foram encontradas duas navalhas e um espelho.

Tiradentes, Protomártir da Independência, permanece como o líder da emancipação do Brasil, que viria a ocorrer 30 anos após.

Em 09 de dezembro 1965, o presidente Humberto Alencar Castelo Branco sancio­nou a Lei Federal nº 4.897, considerando-o "PATRONO CÍVICO DA NAÇÃO BRASILEIRA".

Até a próxima, bjoca..............

Referência:  ROSENTHAL, Elias. A Odontologia no Brasil no século XX, 2001.

Um comentário:

  1. Claudia Matta adorei esta postagem alusiva ao tira dentes no Brasil. Parabéns pelo seu adorável trabalho. Pensei que eu andava um pouco isolado, por muito gostar da história destes nossos artistas, mas no Brasil á pessoas que também muito fascinadas pela profissão, sobretudo pela história.
    Daqui de Portugal adoramos estas postagens que vai colocando no seu blog.

    Um abr. Joaquim Pinto.

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