Dr Ademir Júnior |
Quem sabe por não trabalhar diretamente com isto, mas a química capilar é um assunto que me desperta muita curiosidade e, recentemente, me trás muitos clientes. Princialmente por conta dos danos que promove nos cabelos.
Às vezes me pego pensando em como uma estruturazinha como o cabelo, aparentemente tão frágil (não é, mas parece), pode suportar tamanhas agressões físicas (calor, vento, desidratação, radiações UV), e químicas (cloro, xampus, tinturas, descolorantes, alisantes), e ainda permanecer ali, intacta. Claro, nem sempre fica intacta, mas mesmo com os crescentes abusos relacionados a estas agressões, muitos deles permanecem firmes, bonitos e, não raro, saudáveis. Apesar disto, os danos capilares, principalmente os causados por químicas, vem crescendo.
Conversando com outros colegas da área médica, percebo que há um aumento importante da procura de tratamentos médicos por pessoas que apresentam seus cabelos lesados em função destas seguidas agressões. As de químicas capilares em primeiro lugar.
A questão é que procurar um médico depois que o estrago está feito muitas vezes é algo que limita o tratamento. Ideal seria que os danos fossem prevenidos, que preferencialmente não acontecessem. Mais complicado é saber que a substituição do cabelo lesado é lenta já que ele cresce 1cm ao mês. Soma-se a isto o fato de que o cabelo poderá ou não sofrer das mesmas agressões se houver a insistência no erro.
Mas dá para pedir ao médico para melhorar o aspecto do cabelo danificado, quebradiço, sem vida, brilho ou elasticidade? Dá para recuperar aquela palha que foi resultado das agressões sofridas pelo uso inadequado das químicas? Muitas vezes conseguimos melhorar o visual, diminuir temporariamente os danos existentes. Tentamos repor e manter água ou outros componentes destes cabelos agredidos, mas os cuidados terão de ser constantes e disciplinados. E novas agressões evitadas ou minimizadas ao extremo.
Sobre os danos causados pelas químicas, o que podemos dizer? Trabalho inadequado dos profissionais da área? Não posso afirmar isto. Até porque, os profissionais que conheço praticam a arte de cuidarem dos cabelos com carinho, amor, estudo e dedicação extrema. Outro ponto importante é lembrarmos que boa parte das pessoas que tingem seus cabelos faz isto em casa. E estes, quando começam a perceber que fizeram bobagem, correm para quem? Para os cabeleireiros, é claro.
Ao analisar o ponto de vista dos cabeleireiros e pacientes chego à conclusão que há uma forte e crescente pressão para a manutenção dos cabelos seguindo tendências de moda e estilo. Isto sempre existiu. Desde o primórido das civilizações são conhecidos procedimentos e modismos relacionados aos cabelos, mas está aumentado. Quem perde com esta pressão é o bom senso, que preveniria muito dos danos capilares. Quem se sobressai é o exagero e a falta de cuidados, os resultados são os freqüentes danos. E quem paga o preço é quem tem seus cabelos agredidos. Às vezes por sua própria vontade, risco e autorização.
Uma dica que deixo é: se seu cabeleireiro insistir em exagerar, pense sempre em precaução. Se você for a(o) exagerada(o), torço para que tenha um excelente e cuidadoso cabeleireiro para equilibrar esta balança. Mas saiba que quando há bom senso de pelo menos uma das partes o risco de danos é reduzido ao máximo e a beleza dos seus cabelos será preservada.
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eu achei isso muito formidavel por isso acredito muito na ciencia
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